sexta-feira, 17 de junho de 2011

AFINAL, O QUE É LIXO?

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.
Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?

UE! MAS SE SERVE PARA OUTRAS PESSOAS ENTÃO NÃO É LIXO ?

É isso aí, tá na hora de revermos o significado dessa palavra!
Que tal “tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem”?
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!
Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem.

QUE PROBLEMÃO, HEIN!

A situação econômica do Brasil melhorou de 10 anos para cá, resultando em aumento da demanda/procura tanto de bens de consumo (alimentos, bebidas, combustíveis etc) quanto de bens duráveis (eletrodomésticos, carros, móveis etc). A produção teve que acompanhar este crescimento e para isso foi preciso aumentar a extração de matéria-prima e o consumo de energia.
Mas o que o lixo tem a ver com isso?
Com a possibilidade de comprar mais, muitas vezes adquirimos produtos desnecessários ou nos desfazemos com mais facilidade do que já temos. Essa cultura do desperdício infelizmente ainda é bastante presente em nosso povo. Segundo o último censo do IBGE a quantidade diária de lixo urbano coletado no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25 Kg diários por cada um dos cerca de 182.420.808 habitantes.
Todo o processo de geração, coleta, processamento e armazenamento do lixo resultam em problemas sociais, ambientais e econômicos. Como quase todas as atividades humanas geram resíduos, em quase todos os lugares há a possibilidade do lixo estar causando problemas. Mesmo quando o lixo é tratado adequadamente alguns problemas persistem, mas no Brasil 76% do lixo produzido são lançados a céu aberto (IBGE, 2000).

E AGORA? COMO RESOLVER?

Já vimos o que é o lixo e discutimos a sua redefinição. Também apontamos todos os problemas da produção e acúmulo de lixo. Resta saber o que pode ser feito para evitar os problemas ou, pelo menos, diminuí-los.
Ao invés de fórmulas complexas ou soluções mágicas ou ainda passar a responsabilidade para o governo, a solução para esta questão passa pelo cotidiano de cada um de nós.
Todos nós geramos lixo diretamente em nossas atividades diárias e indiretamente por conta de todas as nossas necessidades (alimentos, moradia, roupas, tratamento médico, lazer etc.), portanto somos todos responsáveis por este problemão.
A educação é a melhor e mais confiável saída para esta encrenca e, por incrível que pareça, há uma filosofia muito simples que é considerada a solução mais completa.

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