Com o Mínimo De Dignidade

ESTE TEXTO FOI RETIRADO DO BLOG VAMOS COMO PODEMOS (WWW.vamoscomopodemos.blogspot.com)
A AUTORA É Kássia Flores que deixa este tio imensamente feliz e orgulhoso por essa sobrinha maravilhosa. E aproveito para agradecer em meu nome, da tia Helô e de todos os profissionais da educaçãoaqui de Diamantino-MT.


Quem olhou o Faustão Domingo, viu Amanda Gurgel, professora de português da rede pública do Rio Grande do Norte, discursando na Assembléia Legislativa, feito em audiência pública. No seu pronunciamento, Amanda resume a situação da vida de um professor de escola pública em três algarismos: nove três zero. "São os números do meu salário: R$ 930" disse. É muito bonito colocar atores globais em uma propaganda falando da profissão "PROFESSOR". "É uma linda profissão", "É lindo ver as professoras com água nos olhos", "São eles que salvam o país". Será? Será que a água nos olhos não são lágrimas? Por falta de estrutura, por falta de RESPEITO dos alunos, porque os professores não têm tempo para cuidarem de suas vidas (afinal todo professor (a) tem família, filhos (as)). É muito fácil FALAR, o descaso das autoridades, que acham que estão pagando muito aos educadores é revoltante. Quando paralisam o Prefeito da cidade nem comparece a reunião. Por quê? É medo? Ou tem vergonha de aparecer porque sabe que está agindo errado? E muitos falam "Ah. É só pra tirar um dia de folga". Por isso faltam professores nas escolas, as pessoas não querem mais ser tratadas como escravas de um sistema LIXO que prioriza mais COPA DO MUNDO e OLÍMPIADAS, que aumenta cada vez mais o salário de quem trabalha de terça à quinta, dos políticos corruptos que cada vez mais sujam a imagem do país. Temos que largar de mão o "Jeitinho Brasileiro" de fazer as coisas. Quando as Caravelas atracaram em solo Brasileiro, a corrupção veio junta, o pensamento de se dar bem a qualquer custo estava agarrado nas mãos dos "Colonizadores".
Minha mãe, e vários tias (os) são professores, e eles não descansam, sempre na correria de fazer novas atividades, corrigir provas, cuidar da casa, pensar um pouco neles. E ainda aguentam alunos de 7, 8 anos de idade que aprendem em casa a mandar as pessoas "a merda" (me desculpem o termo) mais foi isso que um aluno do 2º ano do ENSINO FUNDAMENTAL disse para minha Mãe. Sem estrutura, sem um salário digno, sem reconhecimento de vários e vários pais e das autoridades, essa é a TRISTE realidade dos professores de Norte a Sul do Brasil. Mas fazer o que? Agora temos que nos preocupar em construir o Anel Superior do estádio do Maracanã, nos preocupar em construir hotéis, estradas que possam abrigar estrangeiros, que difícil mente irá mudar o ponto de vista que é impregnado em seus pensamentos: "Brasil, terra do futebol, do Carnaval e mulher pelada", AEE Brasil. Muitos com certeza pensam que: "Reclamam, mais foi uma escolha deles serem professores". Sim, foi uma escolha deles, sair de casa todo o dia pra ensinar a seu filho (a) matemática, português, física, química para que no futuro ele possa ser alguém menos ignorante que você que pensa assim. A professora Amanda também fala que o salário de um DEPUTADO pagaria o salário de 30 professores. Então vamos analisar: Um deputado trabalha de terça à quinta (quando trabalha), tem a possibilidade de aumentar seu salário, tem mordomias, e salário vitalício. Já os professores trabalham de segunda a sábado (domingo também, pois corrigem provas, trabalhos), ganham um salário abaixo da expectativa, trabalham anos para conseguirem se aposentar (e quando conseguem existe um monte de burocracia que dificulta). Meus professores falam que exercem sua profissão por amor, mas não deveria ser assim, são eles sim que tentam a cada dia mudar o país. Desde o pré até a faculdade, ensinando, aconselhando, sendo pais e mães dentro das salas de aula.

Vamos parar um pouco e pensar. Se não fossem os professores, ninguém estaria em lugar algum, à pessoa não teriam profissões, ninguém saberia ler ou escrever. Vamos valorizar a profissão que é digna, que forma Seres Humanos melhores, que nos incentiva a não sermos massa de manobra, que nos ensina a pensar, a ter opinião, a sermos críticos.
Prefeituras paguem o PISO SALARIAL aos professores, façam com que eles sejam reconhecidos por seu trabalho, vamos dar valor para quem merece, vamos dar os 15 minutinhos de fama a alguém que lute por uma melhoria no país, e não para aquelas pessoas que querem aparecer e andam quase peladas nas faculdades.

Para melhorar o FUTURO precisamos mudar o PRESENTE.

*Parabéns à professora Amanda Gurgel por tomar frente ao problema, por ter tido coragem, por não desistir do que escolheu para exercer. Parabéns Mãe (Profª Sandra), Tia (Profª) Aurea, Tio (Profº) Fumaça, Tia (Profª) Eloina, Profª Nilta, Profª Carine, Profª Maribel Profª Celiziane, Profº Fred, Profª Sol, Profª Márcia, Profª Antonieta, Profª Eliane, Profª Maria Claúdia, Profª Luciane, Profª Mauren, Profª Ana Márcia, Profª Cati, Profª Sil, Profª Caroline. A todos esses (e aos que não citei) que um dia passaram em minha vida, cada um na sua série, obrigada por serem Professores e tentarem cada um a sua maneira, ensinar e educar.


“O fim do mundo foi cancelado no Brasil por que o país não tem estrutura para receber um evento desse porte." (Brincadeirinha)

PS: Homenagem à minhã Mãe, que é uma excelente profissional. AMO-TE

Uso do computador ainda assusta professores. Será verdade o que diz este artigo publicado no blog de Ricardo Noblat?

Pesquisa em escolas municipais do Rio mostra que 53% dos docentes têm dificuldades de lidar com tecnologia
Ruben Berta, O Globo
Em pleno século XXI, o mundo virtual ainda é um território que causa medo em muitos professores.
Uma pesquisa realizada em parceria pela Secretaria municipal de Educação do Rio, pelo Instituto Oi Futuro e pelo Ibope com 5.505 docentes revela que mais da metade deles (53%) admitiu ter dificuldades em lidar com tecnologia na escola por várias razões. Entre 1.532 diretores de colégios entrevistados, a porcentagem também foi de 53%.
O levantamento ouviu 25.145 alunos: 40% disseram ter problemas para usar a informática nas unidades de ensino.
Até há pouco tempo, havia uma relação de poder onde o professor era o detentor da informação. Era uma via de mão única. O que estamos notando agora é que os alunos estão um pouco à frente dos docentes, mais familiarizados com tecnologia. E os professores ainda não estão preparados para a aplicação pedagógica. Esse descompasso revela a necessidade de um processo de treinamento e acompanhamento dos profissionais — comentou o vice-presidente do Instituto Oi Futuro, George Moraes.]